Ranking das infrações mais cometidas no Brasil em 2025 (até agora!)
- Ricardo Caetano | Advogado

- 18 de out.
- 4 min de leitura
Com base em dados parciais de 2025, é possível identificar quais são as infrações mais cometidas até o momento.
As infrações de trânsito continuam sendo um dos maiores desafios para a segurança viária no Brasil. Mesmo com campanhas educativas, fiscalizações e mudanças no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), milhões de condutores ainda desrespeitam as normas básicas de circulação, colocando vidas em risco diariamente. Com base em dados parciais de 2025, é possível identificar quais é o ranking das infrações mais cometidas até o momento — e os motivos que levam a esses comportamentos tão recorrentes.
Neste artigo, você confere o ranking atualizado das infrações mais registradas no país, seus impactos na segurança pública e o que pode ser feito para mudar esse cenário. Quais são as infrações mais comuns em 2025? Os dados parciais foram compilados por Detrans estaduais, órgãos municipais de trânsito e registros do Renainf (Registro Nacional de Infrações de Trânsito). Os números mostram uma repetição de infrações já conhecidas da população, mas com novos agravantes, como o aumento do uso de aplicativos, pressa no cotidiano e desatenção causada por dispositivos eletrônicos.
Confira o ranking parcial de infrações de trânsito em 2025:
1. Excesso de velocidade Infração média a gravíssima, conforme a velocidade excedida. Motivo da recorrência: a pressa e a falsa sensação de segurança ao dirigir em vias urbanas ou rodovias com boa pavimentação. Consequência: acelerar além do permitido reduz o tempo de reação e aumenta a gravidade dos sinistros de trânsito.
2. Avanço de sinal vermelho Infração gravíssima (7 pontos e multa de R$ 293,47). Motivo da recorrência: tentativa de “ganhar tempo” ou desatenção. Risco extremo para pedestres e outros veículos, principalmente em cruzamentos sem fiscalização eletrônica.
3. Uso do celular ao volante Infração gravíssima, (7 pontos e multa de R$ 293,47). Tendência em alta desde 2023, devido ao uso de aplicativos, redes sociais e mensagens. Perigo invisível: a distração reduz drasticamente a atenção do condutor e é comparável a dirigir embriagado.
4. Estacionar em local proibido Infração média ou grave, dependendo da sinalização. Motivo da alta incidência: falta de vagas, pressa e desconhecimento da sinalização vertical ou horizontal. Impacto direto na mobilidade urbana e acessibilidade, especialmente para pessoas com deficiência.
5. Falta de uso do cinto de segurança Infração grave, com multa e pontos na CNH. Apesar de campanhas educativas, ainda há resistência ao uso do cinto no banco traseiro. Consequência: em caso de colisão, o passageiro pode ser lançado contra o banco da frente ou para fora do veículo.
6. Transitar em faixas exclusivas (ônibus ou ciclovias) Infração gravíssima. Causa comum em áreas urbanas congestionadas, onde motoristas buscam atalhos ilegais. Prejudica a fluidez do transporte coletivo e expõe ciclistas a riscos.
7. Conduzir veículo com licenciamento vencido Infração gravíssima, com remoção do veículo. Motivo recorrente: desorganização financeira ou desconhecimento das datas de vencimento. Dica: Usar apps oficiais do Detran para consultar a regularidade. 8. Desrespeito à faixa de pedestres Infração média para quem para o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança de sinal luminoso. Infração grave para quem estaciona o veículo sobre a faixa de pedestres. Infração gravíssima para quem deixa de dar preferência de passagem a pedestre que se encontre na faixa a ele destinada. Ainda há resistência cultural à prioridade do pedestre, apesar da obrigatoriedade prevista no CTB. Muitas cidades estão ampliando a fiscalização por câmeras.
Tendências de crescimento em 2025 Além das infrações já conhecidas, algumas têm crescido em 2025:
Desrespeito às regras para motociclistas, como o uso irregular de capacetes ou transporte inadequado de passageiros.
Conduzir sem CNH ou com a habilitação suspensa, principalmente em áreas com menos fiscalização.
Uso irregular de faróis em rodovias, principalmente em veículos mais antigos. Por que essas infrações continuam sendo cometidas?
Alguns dos fatores que explicam a repetição das infrações mais comuns: Falta de fiscalização contínua em determinadas áreas; Cultura da impunidade e da “pequena infração”; Desinformação sobre mudanças recentes na legislação; Estresse e pressa no dia a dia, que levam a decisões impulsivas.
Quais os impactos para a segurança no trânsito? As infrações mais cometidas estão diretamente relacionadas aos sinistros de trânsito mais graves.
Segundo dados do Atlas da Violência 2025, cerca de 35% das mortes no trânsito estão associadas a condutas como excesso de velocidade, desatenção e desrespeito à sinalização.
Além da dor irreparável para as famílias, as consequências incluem:
Aumento dos custos públicos com saúde e previdência; Perda de produtividade da economia;
Congestionamentos e estresse urbano. O que pode ser feito para reduzir as infrações? Para mudar esse cenário, é preciso investir em três frentes:
1. Educação para o trânsito
• Incluir o tema nas escolas de forma estruturada (como previsto na nova BNCC).
• Campanhas de conscientização focadas em jovens e motociclistas.
2. Tecnologia e fiscalização
• Ampliação do uso de câmeras, radares e sistemas automatizados.
• Aplicativos que alertem sobre comportamentos de risco (como velocidade ou distração).
3. Mudança de comportamento
• Incentivar condutores a refletirem sobre os riscos reais de cada infração.
• Valorizar a direção defensiva e a empatia no trânsito.
Escolhas Conforme Celso Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito, o ranking das infrações mais cometidas em 2025 mostra que ainda há muito a ser feito para tornar o trânsito mais seguro no Brasil. “A maioria dessas infrações é evitável e depende de escolhas conscientes dos motoristas. Conhecer a legislação, respeitar os limites e praticar a empatia ao volante são atitudes que salvam vidas — inclusive a sua”, conclui.
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