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Erros no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito preocupam especialistas; Senatran afirma que fará correções

Inconsistências em códigos e descrições técnicas não afetam diretamente os usuários das vias, mas dificultam o trabalho de instrutores, educadores e profissionais da área.



Embora passem despercebidos por grande parte da população, erros técnicos nos manuais oficiais de trânsito vêm preocupando especialistas e profissionais da formação de condutores. São inconsistências na numeração de placas, ícones e descrições que, embora não comprometam a sinalização viária em si nem afetem diretamente os motoristas nas ruas, têm gerado dificuldades para quem atua nos bastidores do sistema: instrutores, elaboradores de material didático, educadores e examinadores.



Um dos primeiros a levantar essas questões foi Jairo Ricci, que trabalha na área de formação de condutores. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ele aponta contradições encontradas durante a atualização de conteúdos com base na Resolução Contran nº 973/2022, que institui o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.



“Uma mesma sinalização aparece como R-44 e, em outra parte do manual, como R-46. Já no manual de fiscalização, essa mesma placa é identificada como R-36. Isso é muito confuso. Como o instrutor vai ensinar algo que os próprios documentos oficiais apresentam de forma conflitante?”, questiona Ricci, referindo-se ao sinal de circulação compartilhada entre ciclistas e pedestres.



Segundo ele, as divergências dificultam a produção de conteúdos confiáveis para as aulas teóricas e práticas em CFCs (Centros de Formação de Condutores), além de impactar a elaboração de provas aplicadas pelos Detrans. Tecnodata já havia identificado e alertado sobre os erros Desde a publicação da resolução, a Tecnodata Educacional, referência em educação para o trânsito, vem tratando o tema com cautela em seus materiais. Embora siga o que está oficialmente previsto na legislação, a editora tem destacado os equívocos identificados e alertado os usuários sobre a necessidade de revisão.



A própria Tecnodata publicou o seguinte aviso nos materiais: “Estamos de olho: Notamos algumas inconsistências nos manuais de sinalização, como o ícone das placas (A-49a e A-49b) que mostra um ciclista e a descrição cita pedestre, dentre outras.



A Tecnodata já alertou a Senatran que, consciente desse fato, disse que os manuais passarão por revisão. Por enquanto, optamos por publicar como está na legislação.” De acordo com o especialista Celso Mariano, diretor da Tecnodata, o problema está justamente na insegurança que esse tipo de falha técnica causa em quem precisa trabalhar com a norma.



“Não se trata de erro que prejudique o trânsito nas ruas, mas sim de um problema técnico que atrapalha quem ensina, fiscaliza e elabora questões com base na legislação. Quando a base normativa não é clara, compromete-se a uniformidade do ensino e da aplicação da lei”, ressalta.


 
 
 

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