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Celular ao volante: por que subestimamos um dos maiores causadores de sinistros?

O uso do celular ao volante já é considerado por especialistas como um dos maiores causadores de sinistros e uma das maiores ameaças à segurança no trânsito . Mesmo assim, essa prática perigosa segue sendo banalizada por condutores, que frequentemente checam mensagens, fazem ligações ou usam aplicativos de navegação enquanto dirigem — muitas vezes, sem perceber o risco que isso representa.


Dados da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) indicam que usar o celular ao dirigir aumenta em até 400% o risco de acidentes. Isso porque o condutor desvia a atenção visual, cognitiva e manual da direção — um triplo fator de risco. Ainda assim, poucos reconhecem a gravidade da distração causada por esses aparelhos.


A falsa sensação de controle Um dos maiores perigos do uso do celular ao volante é a ilusão de que é possível manter o controle do veículo enquanto se envia uma mensagem ou confere uma notificação. Estudos mostram que, ao ler uma mensagem, o motorista pode ficar entre 3 e 5 segundos sem olhar para a via — tempo suficiente para percorrer mais de 100 metros completamente às cegas, se estiver a 80 km/h. De acordo com Celso Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito, essa “multitarefa” na direção não existe. “O cérebro humano não consegue processar com eficiência duas atividades complexas ao mesmo tempo, como dirigir e digitar. O resultado pode ser uma freada tardia, uma ultrapassagem mal calculada ou um atropelamento”, alerta.


Dados preocupantes Conforme levantamento recente da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), o uso de celular ao volante já figura entre os principais fatores de risco em sinistros de trânsito no Brasil, ao lado de velocidade excessiva e consumo de álcool.


Em muitos casos, no entanto, não há o registro oficial da causa real do acidente — a distração —, o que dificulta dimensionar com precisão o impacto desse comportamento. Além do risco para a vida, manusear o celular ao volante é uma infração gravíssima, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A penalidade inclui 7 pontos na CNH e multa de R$ 293,47. “Apesar disso, a fiscalização ainda é limitada, e a percepção de impunidade contribui para a repetição da infração”, diz Mariano.


Tecnologias ajudam — e atrapalham Paradoxalmente, o celular é também uma ferramenta que auxilia na mobilidade urbana. Aplicativos de GPS, rotas em tempo real e chamadas de emergência são recursos valiosos, mas que exigem uso consciente e seguro.


“O ideal é que o aparelho esteja fixado em suporte adequado e as ações sejam realizadas com o veículo parado”, orienta o especialista.


Assistentes virtuais e comandos por voz ajudam a minimizar o risco, mas não eliminam a distração. Especialistas alertam: quanto mais atenção se desvia da via, maior o perigo — independentemente da tecnologia envolvida. Uma mudança de cultura é urgente Neste Maio Amarelo, o tema da distração ao volante precisa ocupar um lugar central no debate sobre segurança viária.


“Campanhas educativas devem mostrar com clareza que o celular ao volante não é um hábito moderno — é uma escolha perigosa, que pode causar mortes evitáveis. É hora de reforçar que dirigir exige atenção total. A mensagem pode esperar. A vida, não”, conclui Mariano.


Publicado primeiro em Portal do Trânsito, Mobilidade & Sustentabilidade » Celular ao volante: por que subestimamos um dos maiores causadores de sinistros?.

 
 
 

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